quinta-feira, 12 de julho de 2012

Ecos do Grito nº 157

ECOS DO GRITO 
Informativo nº. 157 –                                                                      Julho/2012

“Queremos um Estado a serviço da nação, que garanta direitos a toda população!”

Olá companheiros/as que animam o Grito dos/as Excluídos/as! O processo do 18º Grito dos/as Excluídos/as está na rua e as notícias dos preparativos para este ano, continuam chegando.
Ecos do Grito
Porto Alegre/RS: Dia 14/06, realizou a primeira reunião ampliada com pastorais, movimentos e pastorais sociais para articulação do Grito. Em 15/07, durante a feira de Economia Solidária (de 13 a 15 de julho), em Santa Maria, das 8h30 às 12h, acontece um Seminário sobre a 5ª Semana Social Brasil, onde ao final irão realizar o lançamento do 18º Grito.

Curitiba/PR: Dia 27/07, acontece a próxima reunião de preparação do Grito, às 19h, na Associação de moradores da Vila 23 de Agosto. Já tem indicativo de gritos nos bairros Guarituba em Piraquara, no bairro Tanguá em Almirante Tamandaré, e na comunidade 23 de agosto.

São Paulo/SP: As reuniões de preparação dos Gritos da Sé e da Moradia, já se iniciaram:
O Grito da Sé, já realizou a primeira reunião no dia 02/07, onde realizou um resgate do histórico do Grito, recuperaram a proposta de organização de um seminário formativo. Ficou indicativo de ampliar a participação das pastorais sociais que compõem o Fórum, ampliar a presença de organizações sindicais, populares e culturais. Próxima reunião será no dia 11/07, e pauta dividida em duas etapas, apresentação das organizações; aprofundamento do tema do grito a partir do jornal do grito; discussão da articulação, motivação e mobilização. Segue o calendário de preparação do grito: Dias 11 e 25/07; 01, 08,15, 22, 29/08; 05/09, sempre às quartas feiras, às 9h30, na Sede da PO Metropolina, Rua Venceslau Brás, 78, 1º andar, Centro, Sé.

Jundiaí/SP:  Dia 28/06,  a Pastoral Fé, Política e Cidadania, Cáritas Diocesana e representantes de Pastorais Sociais se reuniram na Cúria Diocesana, para planejamento de atividades de celebração e manifestação para o Grito no dia 07/09. Realizaram uma memória de como foi a atividade do 1º Grito na cidade em 2011, e  iniciou o planejamento, onde apontarou-se que será mantido o formato anterior, com a celebração presidida por Dom Vicente Costa na Catedral, às 15h, e manifestação das entidades parceiras da Pastoral e da Cáritas no coreto atrás da Catedral. E duas apresentações culturais: os meninos do tambor (projeto social comunitário) e roda de capoeira.    

Salto/SP: Dia 26/08, realizarão o 3º Pré-Grito em Salto, na paróquia Nossa Senhora Aparecida, a programação dia, consta exibição de um filme debate, caminhada dos Mártires, celebração Eucarística do Grito, manifestações das organizações e noite cultural. O próximo encontro para organização do Grito, será dia 06/07, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Cecap).
Olinda/PE: Nos dias 15 à 17/06, realizou no Recanto dos Pescadores, o Encontro Regional dos Articuladores da 5ª SSS e do 18º Grito, tiveram a participação de 25 pessoas, representantes das Dioceses do NE II (Palmares/AL, Guarabira/PB, Petrolina/PE, Caicó/RN, Campina Grande/PB, Garanhuns/PE, Recife/PE, Natal/RN).
Dia 06/07, o Fórum Dom Hélder Câmara, realizará o forró do Grito, momento de confraternização entre os agentes pastorais e militantes sociais regado a alegria e forró, além de ser atividade para garantir recursos a realização do 18º Grito, da região metropolitana do Recife.

Mossoró/RN: Dia 03/07, realizou a plenária de construção do Grito.

Teresina/PI: O Fórum das Pastorais Sociais/CNBB, NE IV, Piauí, que faz parte da equipe de organização do grito do Estado, preparou um roteiro em preparação ao Grito dos Excluídos, para utilizarem como material de articulação do Regional NE IV, segue anexo ao Ecos do Grito 157.

Fique por dentro:

- Estamos aguardando informações do processo do grito aí da sua localidade para socializarmos.
O Grito dos/as Excluídos/as, está com endereço nas redes sociais: facebook – gritodosexcluidos e
blog – www.gritoexcluidos.blogspot.com.br, além do site – www.gritodosexcluidos.org). Utilizem deixem suas mensagens e como anda a preparação do grito na sua região.
A 5ª Semana Social Brasileira, está com um sitio na internet, acessem e contribuam com noticias: http://www.semanasocialbrasileira.org.br/ e no facebook – semanasocialbrasileira.
A 25ª Romaria dos Trabalhadores/as que acontece em Aparecida. Junto com o Grito, no dia 7 de setembro, terá como lema: “Mãe, 25 anos semeando saúde, moradia e trabalho digno.

Expediente
Secretaria Nacional do Grito dos Excluídos Tel. (11) 2272-0627.
Ari José Alberti, Karina da Silva Pereira

Sugestões de Como Organizar o Grito

- Onde não há uma equipe organizadora/animadora, então contribuia para sua criação;
- Favorecer e garantir o protagonismo dos/as Excluídos/as na organização, divulgação e realização do Grito;
- Reunir as Pastorais, Igrejas, Movimentos Sociais e demais entidades afins para organizar uma equipe que anime os Gritos, nas dioceses, cidades, regiões;
- Trabalhar, conjuntamente, a organização do Grito dos/as Excluídos/as com a Assembléia Popular – Mutirão por um Novo Brasil, Consulta Popular e campanhas contra Privatizações, Militarização, Dívida Pública e os TLC´s;
- Incentivar a criatividade para o debate sobre o lema do Grito e Campanha da Fraternidade, promover concursos de redação, gincanas, exposição de fotos, programas de rádio, festivais de música, teatro, poesia, danças, feiras dos/as excluídos/as;
- Para a participação efetiva dos excluídos, as manifestações do Grito devem priorizar a simbologia, a criatividade e a mística.
- As imagens falam mais que textos e discursos. A linguagem simbólica deve ser priorizada a linguagem escrita e discursiva.
- Para o momento do Grito, uma sugestão é para aqueles que farão o evento à noite: acender tochas, danças ao redor do fogo; vigílias; símbolo da luz da tocha - “pobres buscam caminho, vamos iluminar os direitos”.
- O Grito dos Excluídos conta com uma coordenação nacional, coordenações estaduais, e locais e uma secretaria nacional, que está encarregada de facilitar os trabalhos de articulação e animação. Mas com certeza o diferencial é a rede de articuladores(as) voluntários(as) espalhados em todos os estados, que ajuda animar o processo de construção do Grito.

Dica
Para a participação efetiva dos excluídos, as manifestações do Grito devem priorizar a simbologia, a criatividade e a mística. As imagens falam mais que textos e discursos. A linguagem simbólica deve ser priorizada a linguagem escrita e discursiva.

Objetivos e Eixos do Grito

OBJETIVO GERAL:
Anunciar, em diferentes espaços e manifestações populares, sinais de esperança com a perspectiva de transformação através da unidade, organização e das lutas populares. Denunciar todas as formas de injustiça, promovidas pelo sistema capitalista, implantado em nosso país, que causa a destruição e a precarização da vida do povo e do planeta.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·       Defender a vida humana em todas as suas dimensões, debater e construir alternativas que fortaleçam, mobilizem e organizem os/as excluídos/as na luta em defesa e na construção de uma sociedade que atenda os anseios populares;
·       Lutar em defesa das riquezas naturais (água, terra, minérios, sementes...) do nosso planeta e denunciar o atual modelo de desenvolvimento e crescimento econômico que explora e destrói todas as formas de vida;
·       Proporcionar alternativas de manifestação popular que tragam esperança para o povo e praticar valores como: solidariedade, generosidade, transparência...
·       Mostrar que as crises, geradas pelo sistema capitalista, retiram direitos dos/as trabalhadores/as, aumentam o trabalho precário, o desemprego e as dívidas sociais e financeiras;
·       Fortalecer as lutas dos povos em busca da soberania dos países e apoiar as lutas populares em favor da transformação;
·       Promover debates de novas relações (gênero, raça, etnia, valores...) que respeitem e construam a igualdade de direitos e a valorização das diferenças;
·       Construir espaços de unidade dos movimentos do campo e da cidade, promovendo a a organização e a luta popular;
·       Ir às ruas e praças para construir um projeto popular, como alternativa ao modelo atual;
·       Promover debates, encontros sobre direitos, projeto popular e desenvolvimento que garanta a vida em 1º lugar.

EIXOS:
 Projeto Sustentável
Um projeto que priorize a defesa da vida para todos, com vida digna, no qual a classe trabalhadora deve ser a protagonista. Não num projeto capitalista baseado no consumo, no lucro e na exploração desenfreado e irresponsável. Pondo um fim em todas as formas de desigualdade e exploração, sejam elas fruto das classes dominantes, da questão de gênero, étnica racial, de orientação sexual ou do lugar onde moramos.
Exercer a democracia vai além do voto, temos o direito de participar das decisões econômicas, políticas sobre o que fazer dos bens e recursos naturais do nosso país, avançando na  construção do projeto popular para o Brasil. O modelo de desenvolvimento hoje implantado em nosso país não resolve os verdadeiros problemas enfrentados pelo povo. Nosso desafio é construir um projeto que responda as verdadeiras necessidades e direitos do povo.

Onde estão os nossos direitos?
A luta pela garantia, ampliação e universalização dos direitos continua! Principalmente, no início deste novo governo, quando a legitimidade, emanada das urnas, propicia reformas. Mas nem sempre elas vêem de encontro aos interesses do povo. Os setores conservadores do Congresso e também fora dele, continuam entendendo direitos sociais como gasto e não investimento. Temos que estar atentos e mobilizados para impedir retrocessos constitucionais. Nesse sentido, defendemos o atendimento necessário e suficiente dos direitos sociais básicos garantidos na Constituição Federal (artigos 194 e 195); manutenção das fontes de financiamento exclusivas da Seguridade Social (Previdência, Saúde e Assistência Social); progressividade na Tributação, priorizando a distribuição de renda; a instituição do Fundo Nacional da Seguridade Social, com recursos exclusivos para atender as necessidades das gerações futuras e a inclusão dos mais de 33 milhões de brasileiros que estão fora do sistema de Seguridade Social.

Soberania Nacional e Internacional
A soberania nacional e internacional acontece quando o direito pela autodeterminação de um povo é respeitado. Não teremos soberania enquanto ficarmos submissos ao capital financeiro nacional e internacional, que gera a precarização do trabalho e destrói toda forma de vida no planeta.
Construímos soberania quando participamos nas decisões municipais, estaduais,  nacional. Por isto hoje lutamos: pela soberania energética,  onde o povo tenha o acesso justo e direito à energia, pela soberania alimentar compreendendo a produção de alimentos saudáveis: pelo  limite da propriedade da terra – urbana e rural; reforma agrária e urbana e para que as riquezas do solo e subsolo, minérios, água, petróleo estejam a serviço das necessidades do povo. É preciso combater e frear os interesses do mercado financeiro internacional. Soberania é não pagar juros sobre juros da dívida pública (interna e externa), que hoje já atinge a cifra de 2,8  trilhões de reais,  em detrimentos dos direitos sociais. Por isso é preciso apoiar a Campanha que tem como lema: “A Dívida Não Acabou! Você paga por ela! Auditoria Já!

Mística, Esperança e Utopias
A esperança se alimenta na força e na organi­zação e conquistas dos/as excluídos/as. Com o povo organizado constroem-se saídas para uma vida digna para todos/as e para uma integração livre e soberana de toda a humanidade. É a mística, a esperança e a utopia que anima e nos impulsiona para continuar lutando, mesmo quando as vitórias sejam pequenas. A memória histórica dos/as lutadores/as do povo, seus costumes e culturas e nos motiva a continuar unidos para abrir sempre novos caminhos.
  
Integração das lutas
A América La­tina passa por um momento importante. Acreditamos numa integração concreta entre os povos, baseada na solidariedade e não na exploração de uma nação sobre a outra.
A integração que queremos construir é dos povos para os povos: respeitando a cultura, a economia e a política, ou seja, respeitando a autodeterminação de cada nação, de forma livre e soberana junto com os demais povos do planeta. Para a América Latina e Caribe já existem propostas em andamento como: Unasul, Mercosul e ALBA (Alternativa Bolivariana para a América), entre outras.
No atual modelo de integração, as mercadorias têm livre circulação, ao contrário das pessoas. A integração dos povos, para a qual lutamos, está baseada nos direitos dos povos, a livre circulação das pessoas e em um mundo sem muros, e não no mercado, nas fronteiras e nas armas. É preciso dizer não ao avanço da militarização e exigir a retirada de todas as bases militares de nosso continente.

Cidadania Universal
Pelo simples fato de ser pessoa humana, cada um de nós tem direito a ter direitos, onde quer que se encontre.
A Cidadania Universal compreende pleno acesso aos direitos humanos e políticos, garantidos pelas leis internacionais e nacionais. É imprescindível que todos os governos assinem, ratifiquem e ponham em prática a Convenção Internacional da ONU sobre os direitos dos Trabalhadores Migrantes e de suas famílias. Não à criminalização das pessoas migrantes; anistia geral, para que todos tenham asseguradas as mesmas condições de acesso a uma vida digna. Condenamos os “Muros da Vergonha”, que a União européia e os Estados unidos erguem impedindo a circulação de pessoas.

Comunicação popular
Diz o artigo 19, da Declaração Universal dos Direitos Humanos:  “Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.A comunicação popular possui grande potencial transformador e democratizante que precisa ser exercido pelos movimentos sociais. Precisamos lutar pela descentra­lização e pelo controle dos meios de co­municação social, exigindo que cumpram sua função social e estimulando a criação e o uso de instrumentos de comunicação alternativos.
Acreditamos que a Comunicação Popular é um importante instrumento de articulação e mobilização das forças populares, na denúncia e na promoção do debate, bem como na construção de um projeto popular para o Brasil. Além disso, a comunicação popular deve permitir a mediação entre os movimentos populares e os meios de comunicação de massa, na Luta pela Democratização da Comunicação.

Defesa e promoção da Juventude
            A juventude brasileira é uma das parcelas mais afetadas pelo modelo econômico das últimas décadas.  As conseqüências da exclusão social e das desigualdades econômicas atingem diretamente as esperanças e expectativas de novos caminhos para nossos jovens. Os quais são as maiores vítimas de várias formas de violência. O risco de mortalidade por assassinato dos jovens brasileiros, de 2006 a 2012 (segundo IHA) estima em cerca de 33,5 mil jovens/adolescentes com pelo menos 12 anos serão vítimas de homicídio antes de completarem 19 anos. Dados coletados em 267 municípios com mais de 100 mil habitantes, a média é de 2,03 assassinatos para cada grupo de mil. Os jovens mais afetados por esse tipo de violência são negros e pobres e que vivem em regiões menos favorecidas. A probabilidade de um jovem negro morrer assassinado é 2,6 vezes maior em relação a um branco. E os homicídios representam 45% das causas de morte entre os adolescentes. Segundo o levantamento, o risco de assassinato é maior para a faixa etária de 19 a 24 anos, e decresce a partir daí.
             Queremos um país onde que reconheça o jovem, o adolescente e a criança como sujeitos de direitos e garanta sua participação efetiva na sociedade através de planos, programas, capacitações e políticas públicas que contribuam com o seu desenvolvimento pessoal e social, garantindo a melhoria na qualidade de vida e a redução da violência.

Garantir todas as formas de Vida do Planeta
O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios: por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro, aumentou-se a miséria, a degradação ambiental e a poluição. É preciso garantir as necessidades do presente sem comprometer as necessidades das futuras gerações.
Defendemos o desenvolvimento sustentável, entendido como a satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação, saúde, moradia, lazer, etc.); a solidariedade para com as gerações futuras (preservar o ambiente de modo que elas tenham chance de viver); a participação da população envolvida (todos devem se conscientizar da necessidade de conservar o ambiente); a preservação dos recursos naturais; a implantação de um sistema social que garanta emprego, segurança social e respeito a todas as culturas e a efetivação dos programas educativos.





Modelo atual (Projeto Capitalista)
Modelo que queremos (Projeto Popular)
Concentração da riqueza, dos meios de produção;


Distribuição da riqueza produzida pela sociedade, propriedade coletiva dos meios de produção, terra para quem trabalha nela;
Comunicação de massa a serviço do grande capital;
Comunicação popular e de massa a serviço da sociedade; democratização da comunicação;
Economia baseada na produção para a exportação, nas altas taxas de juros, no pagamento da dívida pública (externa e interna), salvamento aos bancos e dependente do sistema financeiro internacional;

Produção de alimentos que fomente a economia camponesa, taxas de juros que permitam o acesso ao crédito pelos pequenos, produtores rurais e urbanos, auditoria da dívida pública (externa e interna)..
Uso do orçamento público para pagamento de juros, amortizações e produzir superávit;
Uso do orçamento público para investir nos direitos (saúde, educação, reforma agrária, transporte, moradia,...)
Crises econômicas que afetam aos trabalhadores/as gerando desemprego e redução dos direitos trabalhistas e sociais;
Política econômica que garanta vida digna, distribuição de renda, geração de emprego e direitos sociais para todas as pessoas. Nova cultura do trabalho como fonte de promoção da vida e realização da pessoa humana;
Concentração da terra e fomento do latifúndio, monocultivo e agronegócio;
Reforma agrária com incentivo a agricultura familiar e camponesa e a regularização fundiária das comunidades tradicionais, garantindo a soberania alimentar para o país;
Crescimento que agride todas as formas de vida, depredação da natureza com graves conseqüências como deslocamento de comunidades urbanas e campesinas e indígenas, o aquecimento global e privatização dos recursos naturais, por parte das grandes corporações transnacionais;
Respeito à vida, à biodiversidade, assim como uso responsável das riquezas naturais, que não atente contra a vida;
Respeito às comunidades tradicionais. Mais que crescer o Brasil precisa se desenvolver.
Sistema político anti-democrático e autoritário, mau uso dos recursos públicos, corrupção e impunidade;
Reforma política que garanta espaços de participação do povo nas decisões políticas sobre o destino da nação, uso dos recursos públicos para o bem-estar da população, penalização aos corruptos e aos corruptores;
Limitado e precário acesso aos direitos básicos como educação, saúde, moradia, cultura e alimentação;
Políticas públicas que atendam de fato as necessidades do povo;
Violência contra as mulheres e exploração do trabalho feminino;
Erradicação da violência contra as mulheres e novas relações de gênero e raciais;
Trabalho escravo, exploração infantil e tráfico de seres humanos (especialmente de mulheres);
Erradicação do trabalho escravo, crianças nas escolas, erradicação do tráfico de pessoas e atenção prioritária às vítimas do mesmo;
Privatizações e tratados de livre comércio;
Nacionalização das riquezas estratégicas da nação e comércio justo;
Fechamento das fronteiras para os migrantes e super exploração da sua força de trabalho;
Livre trânsito das pessoas, com pleno respeito aos seus direitos, Cidadania Universal;
Criminalização da pobreza e dos movimentos sociais;
Superação da pobreza e da exclusão social, liberdade e pleno respeito às lutas dos movimentos sociais que demandam justiça para todos e todas;
Cidades caóticas, mal planificadas, com milhares de moradores em situação de rua, sem espaços para o lazer mais sim para os carros e caminhões que poluem o ar, transporte público caótico e insuficiente.



Reforma urbana que reorganize o espaço urbano, que garanta moradia aos milhares de pessoas que a necessitam, que de prioridade as atividades humanas criativas e não as lucrativas. Espaço para o lazer, sistema de transporte coletivo eficiente e com energia limpa.
Violência e extermínio de nossos jovens
Chega de violência e extermínio de jovens.
Dignidade e perspectivas de um futuro para os jovens e adolescentes.


Lemas do Grito

1995 - “A Vida em primeiro lugar”
           O primeiro Grito dos Excluídos foi realizado em 7 de setembro de 1995 e teve como lema: “A Vida em primeiro lugar”. A iniciativa surgiu das Pastorais Sociais em 1994, em vista da Campanha da Fraternidade, que apresentava o tema: “A fraternidade e os excluídos”. O Grito surgiu da intenção de denunciar  a exclusão, valorizar os sujeitos sociais. Este Grito aconteceu em mais de 170 cidades e teve como símbolo uma panela vazia.

1996 - “Trabalho e Terra para viver”
A partir de 1996, o Grito passou a fazer parte do “Projeto Rumo ao Novo Milênio”, com a aprovação dos bispos do Brasil em Assembléia da CNBB. Naquele ano, a Campanha da Fraternidade foi sobre política e o lema do Grito: “Trabalho e Terra para viver”. As parcerias foram ampliadas e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central de Movimentos Populares (CMP) passaram a integrar a coordenação nacional. Foram realizadas manifestações em 300 cidades. O símbolo do Grito foi uma chave, estimulando à reflexão de que o trabalho é a chave da questão social.

1997 - “Queremos justiça e dignidade”
Em 1997, a Campanha da Fraternidade foi sobre os encarcerados e o lema do Grito foi “Queremos justiça e dignidade”, atingindo cerca de 700 cidades.

1998 - “Aqui é o meu país”
Em 1998, educação foi o tema da Campanha da Fraternidade. O Grito, com o lema: “Aqui é o meu país”, seguiu ampliando as parcerias, com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, e as manifestações ocorreram em mais de 1000 cidades. O símbolo foi uma sacola vazia com os dizeres: “A ordem é ninguém passar fome”.

1999 - “Brasil: um filho teu não foge à luta”
Em 1999, a organização coletiva do Grito dos Excluídos contou com a Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) e o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). O tema foi “Brasil: um filho teu não foge à luta”

2000 - “Progresso e Vida Pátria sem Dívida$”
Em 2000, com o tema “Progresso e Vida Pátria sem Dívida$”, junto com a realização do Plebiscito Nacional da Dívida Externa em todo Brasil reforça o fato de que, apesar das dificuldades, nosso povo não tem parado de lutar, busca conquistar a independência, dividir o poder e a riqueza e construir uma Pátria livre, um Brasil com igualdade e justiça social.

2001 – “Por amor a essa Pátria Brasil”          

O Grito dos Excluídos de 2001 com o lema Por amor a essa Pátria Brasil, no contexto da economia globalizada, e da pressão dos organismos financeiros internacionais, enfoca a soberania e independência nacional. Frente à globalização da economia, o Grito propõe a globalização da solidariedade, no sentido de manterem vivos e ativos os sonhos, esperanças e utopias. Também valoriza os tesouros da cultura popular, o protagonismo dos excluídos e incentiva a criatividade, bem como a construção de um projeto popular para o Brasil.

 

2002 – “Soberania não se negocia”

Em 2002, com o lema Soberania não se negocia, junto com a realização do Plebiscito Nacional contra a ALCA em todo o Brasil, momento este de tentar manter a soberania nacional, face o imposição do capitalismo norte americano nos países da América Latina e sobre o povo desses países.   
    
2003 - “Tirem as mãos... o Brasil é nosso chão”
Em 2003, o lema do 9º Grito dos Excluídos foi: “Tirem as mãos... O Brasil é nosso chão!”, com o símbolo do Grito (fita verde e amarela com frase: Vacine-se contra a Alca)

2004 - "BRASIL: Mudança pra valer, o povo faz acontecer"
Em 2004, o lema do 10º Grito dos/as Excluídos/as foi: Brasil: Mudança pra valer o povo faz acontecer.

2005 – “Brasil: em nossas mãos a mudança”
Em 2005, o lema do 11º Grito dos/as Excluídos/as foi: Brasil: em nossas mãos a mudança! Assim temos como símbolo a panela vazia. Ou seja, após tomarmos consciência dos direitos de cidadania, da necessidade de um novo rumo à política econômica, da complexidade da globalização e da urgência das mudanças – trata-se agora de tomar o projeto em nossas próprias mãos. Neste ponto, convém salientar que o Grito não caminha só, mas em articulação com outras iniciativas que lutam igualmente por mudanças na sociedade. Entre elas, vale destacar as Semanas Sociais Brasileiras, a Campanha contra a ALCA, a Consulta Popular, o Grito Continental, o Mutirão contra a fome e a miséria, a Campanha da Fraternidade, e assim por diante.

2006– "Brasil: na força da indignação, sementes de transformação” 
Neste ano, o lema do 12º Grito dos/as Excluídos/as foi: Brasil: na força da indignação, sementes de transformação. Destacamos os três ingredientes que forma o conteúdo do lema, a força da indignação, as sementes e a transformação social, na busca da construção de uma pátria forte, justa e soberana.

2007 -Isto não VALE: Queremos Participação no Destino da Nação”
Em 2007, o lema: “Isto não Vale: Queremos Participação no Destino da Nação”. Nos leva a refletir o que vale e o que tem valor e o que não vale, o que não tem valor para a construção do projeto popular para o Brasil. Com certeza não vale: o neoliberalismo; a atual política econômica: não realiza a reforma agrária; a crescent~” e exclusão social, a fome, a privatização do público; modelo econômico; a corrupção, a impunidade, a guerra, a violência, as ocupações militares como no Iraque e no Haiti. Com certeza o que vale e o que tem valor: o protagonismo popular; os grupos de base; a generosidade, a confiança, a solidariedade, a ética, a transparência, a amizade, partilha, a alegria, enfim o que vale é a dignidade da vida.E por fim o desafio de realizar o Plebiscito Popular pela Anulação  do Leilão da Vale, rediscutindo as privatizações e a redução das taxas de energia, bem como, realizar a formação e organizar pequenos grupos na base, realizar assembléias locais e municipais, construindo de forma pedagógica um caminho onde o povo seja o sujeito principal que debate os problemas, planeja ações, age de forma articulada e avalia suas práticas.

2008 - “Vida em primeiro lugar - Direitos e Participação Popular”  

O 14º grito dos/as Excluídos/as com o lema: “Vida em primeiro lugar - Direitos e Participação Popular”, recoloca na ordem do dia a urgência da inversão das prioridades, ao afirmar a dignidade da vida acima do mercado, do lucro e do capital. Também se propõe a refletir e aprofundar a questão da democracia direta, participativa, uma vez que a representatividade está profundamente questionada. Incentiva a todos os cidadãos e cidadãs a participar das atividades e mobilizações ocupando ruas e praças, na semana e no dia da pátria, com uma nova consciência política. Pois no palco da vida não há espectadores de um lado os atores do outro, todos/as somos protagonistas na luta pelos direitos e na construção de um projeto popular para o Brasil. A caminhada da independência é construída por aqueles e aquelas que sonham e lutam para transformar a realidade. 2009 – XV Grito dos/as Excluídos/as - “Vida em primeiro lugar: A força da transformação está na organização popular”

2009 – XV Grito dos/as Excluídos/as - “Vida em primeiro lugar: A força da transformação está na organização popular”

            O lema do XV grito nos convoca e desafia a pensar e discutir com a sociedade a atual crise do capitalismo, que mais uma vez deixa a conta para os pobres pagarem, e a necessidade de construir um novo projeto de sociedade onde a dignidade da vida esteja em 1º lugar. Vida digna e justa é mais do que mera sobrevivência, exige mudança e condições reais que garantam as aspirações básicas do ser humano. O lema também afirma que a força da transformação está na organização e participação popular, um dos grandes desafios para quem sonha um novo projeto de sociedade. 

2010 – XVI Grito dos/as Excluídos/as – “Vida em primeiro lugar: "Onde estão nossos Direitos? Vamos às ruas para construir um projeto popular”
O lema nos chama a discutir dois pontos: a vida e os direitos, destacamos a violência que vem exterminando a juventude brasileira; a Campanha da Fraternidade deste ano; o processo eleitoral, centrando a discussão em critérios éticos para a construção de uma democracia popular. E a participação no Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra, que pauta um dos temas cruciais para a construção de um verdadeiro Projeto Popular, que é a questão fundiária e agrária do país. Em ano eleitoral, trata-se de levar os candidatos a se pronunciarem sobre o tema, sabendo que a bancada ruralista, no Congresso Nacional, constitui historicamente um dos setores mais retrógrados e avessos a mudanças substanciais.

2011 – XVII Grito dos/as Excluídos/as – “Pela vida grita a TERRA... Por direitos, todos nós!"
O lema nos chama a discutir em caráter nacional e global. É necessário pensar em verdadeiras políticas públicas de inclusão, o grande desafio é passar de um modelo de exploração, que visa tirar o máximo de lucro da natureza e da força humana, a um novo modelo de cuidado, preservação e cultivo da vida, que prima pela convivência justa, solidária e fraterna, em relações de convivência com as demais formas de existência, permitindo que a Terra se converta numa fonte perene de vida. Prevalece a necessidade de apoiar e fortalecer todas as iniciativas populares que buscam reciclar e reorganizar a relação dos seres humanos com a biodiversidade do Planeta. Em nível global, somos convidados a uma rede de solidariedade, onde os direitos básicos dos seres humanos se complementam com políticas amplas e abrangentes de preservação e respeito ao meio ambiente, priorizando o desenvolvimento sustentável. A consciência da cidadania ganha dois aspectos inseparáveis: a soberania nacional, nas comemorações do Dia da Independência, não pode esquecer que somos antes de tudo cidadãos do planeta Terra.

2012 - XVIII Grito dos/as Excluídos/as – “Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda população!”

Pela Vida Grita A Terra... Por Direitos, Todos Nós!

Esse foi o lema do Grito dos Excluídos de 2011. Esta manifestação e a Semana da Pátria já se tornaram iniciativas geminadas. O evento foi realizado pela primeira vez em 1955, no decorrer da Segunda Semana Social Brasileira. Trata-se de conferir ao Dia da Independência uma participação mais consciente, seja por parte de cada cidadão e cidadã em particular, seja por parte do conjunto das pastorais, movimentos e organizações sociais em geral.
Em lugar de um patriotismo passivo, que assiste da arquibancada ao desfile comemorativo, propõe-se um patriotismo ativo, que toma as ruas e reflete sobre os destinos do país. Na primeira edição do Grito dos Excluídos, estava em pauta o tema da Vida em primeiro lugar, aprofundando a reflexão sobre a Campanha da Fraternidade daquele ano. Em 2011, em sua 17ª edição, e sempre em sintonia com a temática da CF, o lema trouxe a preocupação com a biodiversidade: Pela vida grita a terra... Por direitos todos nós!
O Grito dos Excluídos, porém, não constitui um evento localizado no tempo e no espaço. Desenvolve-se através de um processo de centenas de ações diversificadas e em distintos lugares. Contribui para isso uma parceria entre vários protagonistas organizados, envolvendo as forças sociais vivas e ativas. O processo contém um antes, um durante e um depois.
Na fase do antes, realizam-se uma série de atividades em preparação ao dia 7 de setembro, tais como cursos, seminários, reflexões, pré-gritos, estudos e debates, tudo gravitando ao redor do tema central. No decorrer de sua trajetória, o Grito tem sido referência, durante a Semana da Pátria, para formas de mobilização como os plebiscitos populares ou abaixo assinados de abrangência nacional.
A fase relacionada ao durante, no Dia da Independência propriamente dito, celebra-se simultaneamente a festa e a luta. Mobilizam-se milhares de pessoas em todo território nacional, através de marchas, atos públicos, passeatas, protestos, expressões culturais diversas, celebrações especiais. Um dos eventos mais significativos ocorre na Basílica de Aparecida, juntamente com a Romaria dos Trabalhadores, organizada pela Pastoral Operária.
Já a fase do depois, dando sequência às manifestações em torno do Grito, procura não deixar cair a bola. Trata-se de seguir debatendo o tema nas diversas organizações e instâncias. Amplia-se a consciência de que a participação popular é de fundamental importância para a construção de um projeto popular para o Brasil.