ECOS DO
GRITO
Informativo nº.
172
–
Setembro/2012
“Queremos um
Estado a serviço da nação, que garanta direitos a toda população!”
Olá
companheiros/as que animam o Grito dos/as Excluídos/as!
A
equipe da Secretaria Nacional do Grito agradece o empenho de toda a
companheirada dos rincões do Brasil que contribuíram para a construção do
processo que culminou no 07 de Setembro, com o 18º Grito.
E
desculpas pela demora em dar retorno das informações que chegaram até o momento
na secretaria, estamos digerindo as informações para começar a repassar a
todos.
Os
próximos Ecos repercutirão notícias que estão chegando.
Iniciamos com um histórico do nosso
grito que vem Cidade de Montes Claros, no Estado de Minas Gerais, contada por
Marilda de Souza Lopes, que participou do grito em 1993.
Ecos do Grito
Lembrando o Início do Grito dos
Excluídos de Montes Claros/MG, há 20 anos.
Como nasceu o Grito? Estávamos
no ano em que a Campanha da Fraternidade teve como slogan “Onde moras?”.
O grupo Profeta
Isaías e o grupo Juac
fizeram visitas em várias favelas, dentre elas os moradores do lixão. Eram 26
barracos de plástico preto. Nas 26 famílias, havia muitas crianças e jovens. As
crianças disputavam pedaços de carne que vinham no lixo dos restaurantes com os
urubus que avançavam em suas mãos para tomá-los. Era um quadro inacreditável,
só quem viu para crer. Tanta desumanidade clama a Deus!
Depois da visita, fizemos uma reflexão com os poucos jovens
que foram. Era véspera de 7 de setembro, pensei nas fanfarras que desfilam no
dia 7 de setembro e expus meu pensamento de fazer um clamor naquele dia (na
parada cívica), fazermos um pelotão com o slogan da Campanha da Fraternidade. A
idéia foi bem aceita. Geraldo, do Profeta Isaías,
fez as casinhas de plásticos pretos. Kelly, Kênia, Noé e outros jovens
organizaram o pelotão.
Ficamos com medo de enfrentar a polícia, corremos ao Padre
Antônio Carlos que deu todo o apoio aos jovens e a nós. Na hora que o Colégio Dulce
Sarmento entrou, nosso pelotão, com seus cartazes de manifestação contrária,
aproveitou e chegou em frente ao palanque. Combinamos de não dizer nada.
Somente mostrar os cartazes. As autoridades, que até então estavam recebendo
aplausos, depararam com frases verdadeiras e francas. “O QUE VOCÊS
ESBANJAM, FALTA PARA NÓS!!!”; “POLÍTICOS, SEU
SALÁRIO É UMA AFRONTA AO POVO!!!”
... e outras. A primeira dama sentiu mal e foi para a Santa Casa. No dia seguinte,
08 de setembro de 1993, a 1ª página do jornal narrou o fato. Padre Antônio
recebeu uma carta desaforada do prefeito. Fato este que saiu até em um jornal
de São Paulo.
Assim nasceu o Grito. Depois que chegou a Equipe Diocesana
de Pastoral, recebeu o nome de GRITO DOS EXCLUÍDOS.
Em 1993, foi apenas: “CLAMOR DOS SEM
TETO”.
Foi no dia 07 de setembro de 1993 que nasceu o “GRITO DOS
EXCLUÍDOS” na porta da igreja Nossa Senhora Aparecida
do Major Prates, em Montes Claros, Norte Sertanejo de Minas Gerais.
NOTA
- Irmã Marilda parabeniza todos os participantes pela coragem na 20ª edição do
Grito dos Excluídos, em Montes Claros (MG). Ela disse que pensou que a Paróquia
São Norberto seria excluída e foi surpreendida com a presença de agentes de
pastoral daquela paróquia no Canto de Louvor da celebração ecumênica e
interreligiosa, promovida desde as 7h de 07/09/2012, na Praça da Catedral.
Marilda
de Souza Lopes é religiosa em Montes Claros, Norte de Minas Gerais. Tem
atuação pastoral hoje na Paróquia São Noberto. Participou do primeiro Grito dos
Excluídos, em 1993, ao lado do padre Antônio Carlos da Silva e de outras
lideranças, na Comunidade Nossa Senhora Aparecida (Bairro Major Prates).
Publicado
em www.arquimoc.org.br
desde 21/09/2012
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Articuladores:
Atenção:- O site do grito está atualizado com todas as
noticias, materiais (jornais, cartazes, ecos do grito e histórico atualizado).
Lembramos: Estamos no aguardo das noticias de como foi o Grito na sua cidade,
mande fotos, vídeos e materiais que tenham saído na imprensa local.
Este material é para construirmos o próximo jornal
do Grito com as noticias dos Grito s acontecidos, bem como, o DVD do 18º
Grito.
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Ari José Alberti,
Karina da Silva Pereira