terça-feira, 18 de junho de 2013

NOTA E PROPOSTA DA VIA CAMPESINA – RS

EM DEFESA DOS PEQUENOS AGRICULTORES(AS) QUE RESIDEM EM ÁREAS INDÍGENAS E QUILOMBOLAS

   Diante da situação difícil e dolorosa vivida por pequenos agricultores(as) residentes em áreas identificadas e reconhecidas constitucionalmente como áreas indígenas e de quilombolas, os Movimentos que compõe a Via Campesina vem diante da sociedade e dos Governos Federal e do Rio Grande do Sul, defender o seguinte:
O Estado é Responsável
   Esta situação foi criada no passado pelo próprio Estado colonizando, vendendo, escriturando e cedendo aos pequenos agricultores(as) terras que pertenciam aos povos indígenas e a população negra. Portanto, cabe ao Estado mediar o conflito instalado, negociar e encontrar soluções que atendam aos direitos dos pequenos agricultores(as) que foram colocados, em época passadas, em áreas reconhecidas pela Constituição como terras indígenas e quilombolas.
        A Via Campesina reconhece e defende os direitos dos índios e quilombolas às suas terras e territórios reconhecidos pela Constituição.
Solução Existe, Basta Vontade Política
A Via Campesina propõe aos Governos, baseada inclusive em ações já desenolvidas e negociadas em governo passados, como forma de resolver a situação, reassentar as famílias de pequenos agricultores(as) residentes em áreas reconhecidas como indígenas ou quilombolas, garantindo a todos os seus direitos à terra, casa e vida digna.
A Via Campesina propõe:
Módulo Mínimo por Família – mais de 18 hectares
Reassentamento de todas as famílias com área de terra do tamanho mínimo do módulo da região (na maioria dos casos, áreas maiores de 18 hectares);
 Terra para Filhos e Filhas Maiores de 18 anos
Reassentamento dos filhos e filhas maiores de idades das famílias residentes em áreas indígenas ou quilombolas, também com área do tamanho do módulo da região;
Terra Por Terra
Reassentamento de pequenos agricultores de até quatro módulos que tenham áreas maiores de um módulo nas áreas indígenas ou quilombolas, reassentados com área igual a que tem atualmente, recebendo terra por terra.
Terra na Região onde vivem as Famílias
Reassentar as Famílias na mesma região onde está sendo reconhecida a área indígena ou quilombola.
Casa,  Energia, Água, Escolas e Infrestrutura
       Estes reassentamentos terão que receber condições de moradia, luz, água e infraestrutura para garantir condições dignas de vida para as famílias a serem reassentadas.
Denunciamos as Manobras de Políticos e Latifundiários Grileiros de Terras Públicas
     A Via Campesina não aceita, rechaça e condena toda e qualquer forma de violência cometidas contra indígenas e quilombolas em luta por seus direitos.
A Via Campesina não aceita que erros e injustiças históricas promovidas pelos vários governos ao longo dos anos, o que implica responsabilidade do Estado, seja hoje usado para jogar pobres contra pobres, negando os direitos de ambos e gerando insegurança, angústia e incertezas para todos, acirrando ânimos  estimulando  conflitos.
    A Via Campesina Denuncia a manobra de grandes fazendeiros latifundiários de vários pontos do Brasil, grileiros de terras indígens e quilombolas, que usam o argumento de defender os pequenos agricultores(as) como escudo para defender suas terras mal havidas e hoje reconhecidas constitucionalmente como terras indígenas e quilombolas.
      Denunciamos também as tentativas legislativas (Projetos de Lei, PEC´s) de desmonte dos direitos constitucionais dos povos e comunidades tradicionais, pois são os mesmos que bloqueiam o avanço da reforma agrária e da agricultura camponesa.
     Diante da gravidade do que está em disputa, a Via Campesina conclama todos os setores populares e progressistas a se manifestarem em defesa dos direitos de reassentamento dos pequenos agricultores(as), em defesa dos direitos dos indígenas e quilombolas e exigir do Estado Brasileiro que cumpra com suas responsabilidades e atribuições.
Porto Alegre, 07 de junho de 2013.


Via Campesina – Rio Grande do Sul

Semana do Migrante 2013 - Vídeo


ENCONTRO NACIONAL DO MAB – 02 A 05 DE SETEMBRO 2013



Estimados/as companheiros/as
Da luta dos atingidos/as por barragens

        O Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB vem através deste, anunciar a realização do   Encontro Nacional do MAB, que será realizado de 02 a 05 de setembro  de 2013, no Anhembi na cidade de São Paulo - SP.

    O Encontro contará com a participação de mais três mil atingidos/as dos diversos estados do país, de convidados de entidades e organizações do Brasil e de delegações internacionais.

Com base no lema “ÁGUA E ENERGIA COM SOBERANIA, DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA E CONTROLE POPULAR”, o Encontro será o espaço para avaliarmos o momento em que estamos vivendo; reafirmar nossas estratégias; avançar na defesa dos direitos dos atingidos e atingidas por barragens; fortalecer nossas articulações com setores e lideranças que caminham na direção da construção de um país mais justo; e comemorar nossas conquistas, frutos de nossa luta e organização.

Por todos os motivos expressados, será de máxima importância contar com vossa colaboração na divulgação do encontro, e desde já solicitamos que  coloquem em vossas agendas. 

Rumo ao encontro nacional do MAB
Grande abraço a todos e todas
Pela Coordenação nacional do MAB



Ivanei Dalla Costa                                            Joceli Andriolli


9º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil
25 a 31 de agosto de 2013

Feminismo em marcha para mudar o mundo!
Entre os dias 25 e 31 de agosto de 2013, o Brasil sediará pela primeira vez um Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, reunindo representantes vindas dos cinco continentes do mundo, ativamente envolvidas na luta pela erradicação da pobreza e da violência contra as mulheres. São esperadas 1600 mulheres para participar durante todos os dias do Encontro e muitas delegações para realizar uma grande mobilização do dia 31 de agosto. O Encontro será no Memorial da América Latina em São Paulo.
Em marcha até que todas sejamos livres!
Este Encontro será um momento especial para expressar a contribuição brasileira ao feminismo da MMM, demonstrá-lo na prática e avançar em sua construção teórica. Ao mesmo tempo, é um momento para aprofundar nossa visão comum sobre os desafios que enfrentamos nesta conjuntura repleta de ofensivas conservadoras do capitalismo patriarcal, racista e lesbofóbico contra nossos corpos, nossas vidas e nossos territórios.
Juntas, vamos fortalecer nossa auto-organização e as estratégias de construção de um feminismo enraizado em processos locais que se conectam internacionalmente, em aliança com movimentos sociais anti-capitalistas e com uma forte solidariedade internacional que se expressa no nosso lema “seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!”
O 9º Encontro Internacional será combinado com uma grande programação de intercâmbio e formação político e cultural, onde além dos debates teóricos também recorreremos a outros instrumentos como uma exposição sobre o histórico da Marcha e do feminismo. O evento está pensado como um espaço dirigido à participação de um grande número de militantes da Marcha do Brasil e da América Latina e mulheres dos movimentos parceiros.
Programação
O Encontro se inicia com uma abertura entre as delegadas internacionais (dia 25), segue com dois dias comuns de formação política e debate entre teóricas e pesquisadoras feministas e ativistas da MMM, relacionando teoria e prática feminista como partes de um mesmo processo (dias 26 e 27). Nos dias 28 a 30, enquanto as delegadas internacionais se concentram em debates sobre a vida democrática da MMM, as demais participam de atividades simultâneas como debates de formação e oficinas.
No dia 31, todas se reúnem em uma Assembléia para compartilhar análises e decisões,  o Encontro se encerra com uma grande mobilização.
Durante todo o período iremos realizar uma Mostra de Economia Solidária e Feminista que permite o intercâmbio de idéias e produtos e a visibilidade das mulheres como atoras econômicas.
As interessadas em participar devem procurar os comitês estaduais da MMM, no caso de estados onde não temos comitê organizado, fale com a SOF (sof@sof.org.br) secretaria da Marcha no Brasil.
Contamos com o apoio na divulgação desse importante evento para a construção do feminismo militante e popular.
Maiores detalhes, consulte o site www.sof.org.br e ou http://marchamulheres.wordpress.com   


Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!